Baile das Almas é um romance
musical ou uma canção romanceada? Um disco de palavras ou um livro de vinil?
Ou as duas coisas ao mesmo tempo? Desvende o mistério através da prosa
poética de Gian Fabra, que nos conta a história de Artur Fantini, um homem que
se perdeu dos seus desejos.
O protagonista, aficionado
por música, coleciona discos. Após passar por uma desilusão amorosa, Artur é
convidado por um velho amigo a escrever uma letra. Além de se descobrir
poeta, também acaba conhecendo a realidade da vida de uma banda de rock na
estrada. Para encarar as dificuldades, se deixa guiar pelas músicas que deram
sentido a sua vida e percebe que a estagnação não o tornou um homem sem
esperança.
Na narrativa, entre
encontros e desencontros, os personagens partem numa viagem de descobertas
pelo mundo, tanto o exterior quanto o interior. Neste sentido, o livro também
aborda, com sutil sensibilidade, os momentos de tristeza por que passamos:
afinal, o que é a tristeza senão uma das raras oportunidades que temos para
mergulhar em nós mesmos? E assim descobrir quem realmente somos e do que
realmente gostamos.
O romance é repleto de
referências artísticas. Citações musicais, literárias e cinematográficas.
Formando um caldo de cultura pop. Tanto que ele não é dividido em capítulos,
mas em faixas, como se fora um disco.
Um livro para quem é ou já
foi jovem. Um livro para quem gosta de música e de poesia. Gian Fabra é o
nosso Nick Hornby, Baile das almas o nosso Alta fidelidade.
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