Sinopse:
Uma nova e perigosa missão
coloca a coragem de Fitz à prova. Será ele capaz de carregar o destino do Reino
em suas mãos?
O jovem Fitz, filho
ilegítimo do nobre Príncipe Cavalaria, é ignorado por toda a realeza, exceto
pelo tortuoso Rei Sagaz, que o treinou na obscura arte do assassinato. Fitz
mal acaba de sobreviver à sua primeira missão, que quase esfacelou sua alma,
e retorna à corte onde foi jogado de cabeça no tumulto da vida real.
Com o Rei à beira da morte,
e com seu único aliado envolvido em uma missão com poucas chances de sucesso,
o trono em si está ameaçado. Enquanto isso, o traiçoeiro Navio Vermelho
renova seus ataques aos Seis Ducados, abatendo os moradores de todas as cidades
da costa. Neste momento de grande perigo, fica claro que o destino do reino
pode estar nas mãos de Fitz – e seu papel em sua salvação pode requerer de
Fitz seu último sacrifício.
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O segundo livro começa
exatamente onde terminou O Aprendiz de Assassino. Sem saltos temporais, o
autor aproveita a mais de 700 páginas para detalhar bastante a história,
fazendo os dois livros se encaixarem de forma linear e agradável ao leitor.
A trama volta a focar mais
nos Navios Vermelhos, que parecem ser o verdadeiro inimigo a ser batido na
história e alguns novos elementos são inseridos, como um melhor detalhamento
do Talento e da Manha, além da vida pessoal e das emoções dos personagens
serem melhor trabalhadas.
Um dos pontos alto do livro
é o ressurgimento de Moli. A garota acaba indo trabalhar no castelo e Fitz
finalmente terá de lidar com as mentiras que contava aos seus amigos quando
saia escondido para brincar além de ter que aprender a lidar com seus
sentimentos e a descobrir o amor, tarefa que não é fácil em um reino que está
se esfarelando, sendo atacado por uma força estrangeira misteriosa, com
boatos de revolta, traição e assassinato, mais especificamente o seu
assassinato, possibilidade que assombra o dia a dia do jovem.
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Gostei da forma como a
história de desenrolou e os caminhos escolhidos pelo autor. Também foi muito
bom ele dar mais espaço para a Moli, uma personagem muito forte desde o
comecinho. E gostei principalmente da ênfase que é dada a ‘manha’, que é
somente pincelada no primeiro livro mas que ganha força total na continuação
e deixa a indicação de que será ponto chave no desfecho final da história. O
final também foi fantástico, original e um gancho perfeito para o terceiro
livro.
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Esperava mais participação
do Talento. Fitz perde muito tempo tendo pena de si e achando que não
consegue, deixando o leitor na expectativa de quando ele finalmente vai
dominar a magia, mas a verdade é que esse momento não chega. O Fitz é aquele
cara quase bom, mas que não chega ao ápice e o segundo livro ainda terminou
assim. Esperava que ele iria se tornar mais poderoso ainda nesse segundo
livro e isso foi o que menos gostei do livro.
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Trechinhos:
“Quanto a ela, parecia
completamente inconsciente de como os seus olhos eram capazes de se encontrar
com os meus e transformar a minha língua, dentro da boca, em um pedaço de
couro. Nenhuma magia que eu dominasse, nenhum Talento, nenhuma Manha, nada me
fazia resistir ao toque inesperado da sua mão na minha nem conseguia evitar
que eu ficasse atrapalhado diante da graciosidade do seu sorriso.”
“É estranho pensar que
tantos acontecimentos dependem do orgulho inconveniente de um rapaz e da sua
aceitação conformada das derrotas.”
“Eu usei o Talento em você –
disse ele. Fiquei em silêncio e pensando. – Não senti nada. – Não pretendia
que sentisse. É como lhe disse há muito tempo. O talento pode ser um suave
murmúrio ao ouvido de alguém. Não precisa ser um grito de ordem.”
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Conclusão:
O Assassino do Rei é um raro
caso em que o 2° livro de uma série está à altura do primeiro. Mantendo a
mesma cadencia Robin Hobb consegue repetir o feito de escrever um livro
excelente, praticamente sem falhas e totalmente viciante. Se o desfecho final
da trilogia mantiver o nível, podemos garantir que A Saga do Assassino
entrará para a história como uma das melhores trilogias de fantasia de todos
os tempos.
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Autora: Robin Hobb
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Livro: O Assassino do Rei (Royal Assassin)
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Editora: Leya (Bantam Spectra)
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Ano: 2014 (1996)
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Páginas: 736
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