Este é o primeiro post de melhores do ano de 2016. Janeiro sempre tem menos lançamentos, assim como acontece com o mês de Dezembro. Esse ano foi um pouquinho pior, afinal o carnaval caiu logo no começo de fevereiro é isso atrasa e muito os cronogramas não só das editoras, mas de várias empresas.
Há vários livros interessantes em nossa lista. O Sumiço é o primeiro da autêntica, editora mais série e com foco em livros de filosofia ou o que chamamos de leitura pesada. Há também o novo livro de Gayle Forman, o polêmico A Garota Dinamarquesa que tem adaptação para as telonas, O livro do papa e mais alguns que vocês podem gostar. Fevereiro tem mais!
Este romance do francês Georges Perec é todo escrito sem a letra
“e”, a mais frequente da língua francesa. A inovação da obra não está, porém,
apenas na falta da vogal, mas principalmente em fazer do desaparecimento da
letra o próprio tema do livro e a lei maior à qual se deve toda a história. O
autor cria um mundo de letras, povoado por seres de letras, cujo destino
depende também das letras, e, principalmente, do sumiço de uma delas. Esta
mirabolante história de investigação policial, cheia de mistério, bom-humor,
romances e reviravoltas, vai além de um enredo intrigante, voltando-se para o
ato da escrita e os jogos de linguagem que apontam para a própria língua, o
francês – mutilado, porém.
Para publicar uma versão em português, exigiu-se do tradutor uma
constante tarefa de recriação desses jogos numa outra língua, também amputada
de uma vogal que muitos julgariam imprescindível. O criativo trabalho
realizado por José Roberto Andrade Féres, ou Zéfere – como prefere ser
chamado –, nesta obra foi precedido do estudo de diversos artigos,
dissertações e teses de estudiosos de Perec, assim como de tradutores da obra
em outras línguas.
A leitura d’O sumiço levará o leitor a querer jogar com Perec,
desvendar suas pistas e encaixar as peças dos seus inúmeros quebra-cabeças.
Enfim, um livro que é um verdadeiro (e divertido!) desafio para quem escreve,
quem traduz e, claro, para quem lê.
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Um livro escrito totalmente
sem o uso de uma vogal. Isso é o suficiente para me chamar a atenção e
despertar a minha curiosidade. Saber que ele é ambientado em um mundo de
letras e povoado por seres de letras foi o suficiente para colocar O Sumiço no topo da minha lista de
leitura deste ano.
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Ao internar a filha numa clínica, o pai de Brit acredita que
está ajudando a menina, mas a verdade é que o lugar só lhe faz mal. Aos 16
anos, ela se vê diante de um duvidoso método de terapia, que inclui xingar as
outras jovens e dedurar as infrações alheias para ganhar a liberdade.
Sem saber em quem confiar e determinada a não cooperar com os
conselheiros, Brit se isola. Mas não fica sozinha por muito tempo. Logo outras
garotas se unem a ela na resistência àquele modo de vida hostil. V, Bebe,
Martha e Cassie se tornam seu oásis em meio ao deserto de opressão.
Juntas, as cinco amigas vão em busca de uma forma de desafiar o
sistema, mostrar ao mundo que não têm nada de desajustadas e dar fim ao
suplício de viver numa instituição que as enlouquece.
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O principal motivo para
inserir esse livro na lista são os outros dois livros da autora que eu li e
adorei. Se Eu Ficar e Para Onde Ela Foi foram ótimas leituras, principalmente
Se Eu Ficar que se tornou um dos meus livros preferidos nos últimos tempos. A
trama é um pouco mais 'Teen', mas fica o voto de confiança para com o
trabalho de Gayle Forman.
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“Essa é a nossa vida. [...] Toda transformação que um ser humano
pode sofrer porque disse sim, toda a magia que só existiu porque, em um dia
qualquer, nossos olhos se cruzaram.”
Elisa é uma garota determinada com todo o futuro pela frente.
Está partindo para a gélida e cinzenta Londres com todas as expectativas
lotando sua bagagem. Nesse cenário, conhece Paul, um jovem de espírito livre
e com uma promissora carreira de ator.
Tudo poderia ser apenas um romance casual. Entretanto, Paul e
Elisa são dois seres nos quais os rótulos não se encaixam. Graças à entrega
incondicional e dedicação, puderam vivenciar tudo o que amor pode ser. Ela
encontrou em seus olhos azuis a força para ultrapassar todas as barreiras que
sequer imaginaria ter de enfrentar. Ele descobriu que as várias nuances dos
olhos dela o levariam a uma trajetória oposta àquela que sempre planejou.
Com eles, podemos viajar desde a tradicional e britânica York,
às belas praias de Angra dos Reis, até as charmosas paisagens de Santa
Mônica, na Califórnia, em uma trama intensa vivida e mostrada através dos
olhos dos amantes.
Contudo, o amor entre os dois jovens vai além do pitoresco.
Ultrapassa o cotidiano e invade as questões existenciais humanas, se
transformando em um convite à reflexão sobre o autoconhecimento e a
incapacidade de prever do que somos capazes.
Um romance repleto de reviravoltas, emoção e dinamismo, capaz de
prender o leitor até o último capítulo. Muito mais do que uma história de
amor furtiva ou pueril, “Sob a luz dos seus olhos” relata de maneira
envolvente como esse sentimento pode mudar vidas e construir pontes que nem
mesmo o tempo e o espaço podem destruir.
O que você faria por amor? Eles fizeram tudo!
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Quanto pode ser dito com um
olhar? Essa reflexão resume um pouco deste livro onde os sentimentos e as
emoções são tratadas por uma luz diferente do abitual, se aprofundando no
amor e nas facetas humanas até os seus principios mais básicos. Um romance
que foge do convencional e é uma leitura mais que bem-vinda.
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Com estreia nos cinemas em fevereiro, já acenando com um
possível novo Oscar para Eddie Redmayne, ganhador da estatueta de melhor ator
por A teoria de tudo, A garota dinamarquesa reconstrói a história de Lily
Elbe, talvez a primeira transexual da história a fazer a cirurgia de redesignação
sexual (ou “mudança de sexo”). Vivendo até a meia-idade como Einar, um pintor
dinamarquês na Europa dos anos 1920 e 1930, ela teve a sorte de contar não
apenas com um médico pioneiro, mas com uma mulher brilhante, generosa e
apaixonada, sua própria esposa, Greta, para encontrar sua verdadeira
identidade. Num momento em que as questões de gênero estão cada vez mais em
voga, o aclamado romance de David Ebershoff, que volta às prateleiras com
novo projeto gráfico, capa com o pôster do filme e posfácio assinado pelo
autor, é um livro delicado e envolvente e uma leitura necessária nos dias
atuais.
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Um livro importante. Poucas
pessoas sabem que lá na década de 20 já existia transexuais dispotos a
fazerem uma cirurgia de mudança de sexo. Menos ainda que uma pessoa de fato
fez essa cirurgia. Conhecer essa história pode ser uma experiência bizarra
para alguns, mas na verdade é uma rica fonte de conhecimento para entender e
respeitar essas pessoas que escolheram ser diferentes e ousaram lutar por
suas escolhas.
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Elizabeth e suas quatro irmãs estão impossibilitadas de herdar a
propriedade de seu velho pai e enfrentam a ameaça do despejo. As irmãs devem
garantir sua segurança financeira por meio do casamento, mas nossa heroína
tem outros planos. Ela fez votos de se casar somente por amor. Seu olhar
acaba capturado pelo distinto Sr. Darcy, mas quem irá salvar os Bennets?
Elizabeth deve se casar por amor ou deve salvar sua família?
Jane Austen se referia a Orgulho e preconceito (1813), o
primeiro romance que escreveu, como seu “filho querido” – e gerações de
leitores lhe têm dado um cantinho em seus corações desde então. A atração
irresistível que ela retrata, entre a vivaz e independente Elizabeth Bennet e
o austero e solene Sr. Darcy, se insere entre as maiores, mais românticas e
mais engraçadas histórias de amor já contadas.
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O clássico dos Clássicos,
talvez um dos livros mais queridos da história, transformado em quadrinhos e
publicado com toda a riqueza de detalhes e esmero da Editora Nemo. Não é
preciso mjuitos argumentos para justificar nossa escolha por essa HQ entre os
melhores de Janeiro.
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Em uma acelerada perseguição pela Europa, um ex-agente secreto
tenta salvar a única pessoa capaz de exorcizar os fantasmas de seu passado.
Damasco, Síria, início dos anos 1980. Um agente secreto
norte-americano abandona a filha recém-nascida em meio a um bombardeio,
entregando-a a um destino incerto. A incapacidade de se perdoar o faz fugir
do passado, levando-o ao Líbano, ao Afeganistão, ao Iraque – a qualquer lugar
onde o perigo e a tensão o permitam esquecer seu erro.
Klara Walldéen foi criada pelos avós em uma ilha remota na
Suécia. Assessora em início de carreira no Parlamento Europeu, em Bruxelas,
ainda está aprendendo a navegar pelo ardiloso mundo da política quando acessa
informações que não deveria, e se torna alvo de uma perigosa perseguição pela
Europa. Apenas o ex-agente secreto poderá salvá-la. Mas, para isso, os dois
precisarão revelar quem são. E o tempo está se esgotando.
Alternando habilmente entre passado e presente, entre Suécia,
Síria e Estados Unidos, Joakim Zander tece uma rede de intrigas e suspense em
um estilo sofisticado e descritivo que transformou O nadador em um estrondoso
sucesso.
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Um drama misturado com ação
e romance policial, O Nadador ganhou inúmeras criticas positivas em todo o
mundo. Seu sucesso está principalmente na forma que o autor escreve, capaz de
transformar histórias comuns em grandes livros impossíveis de largar até chegar
a última página.
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A notícia isolada de que um editor do jornal britânico News of
the World invadia caixas postais de telefones atrás de recados que lhe
rendessem furos sobre a realeza não seria tão aterradora se parasse por aí. O
problema surgiu quando o repórter Nick Davies decidiu investigar a história
mais a fundo e descobriu um lamaçal de crimes e corrupção que afetava boa
parte da imprensa britânica, com ramificações no gabinete do
primeiro-ministro e no alto escalão da Scotland Yard.
Jornalistas usando prostitutas para colher segredos dos
clientes, detetives grampeando linhas telefônicas nos postes e revirando o
lixo de celebridades, funcionários de hospitais vazando prontuários médicos e
editores chantageando políticos com intrigas sexuais. Cenas que mais parecem
saídas de um filme, mas que, na verdade, eram práticas não só aceitas, como
também estimuladas e premiadas, e que alimentavam uma poderosa rede de
corruptores e corrompidos que chegou a influenciar até mesmo as leis
britânicas.
Exemplo inegável do bom jornalismo, Vale-tudo da notícia
evidencia como o poder de manipular o acesso à informação é hoje — e talvez o
seja desde que o mundo é mundo — uma das mais perigosas moedas da sociedade.
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O cenário real retratado no
livro é a Inglaterra, mas poderia muito bem ser o Brasil. Basta ter um minimo
de senso critico para perceber a manipulação constante da qual somos vítimas
diariamente. Um livro para abrir sua mente sobre o poder da mídia em nossa
sociedade moderna, além da vunerabilidade a qual estamos sujeitos graças ao
jogo de interesses e poder de alguns poucos.
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Em pleno Carnaval, quatro homens invadiram o Museu da Chácara do
Céu, no bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro, e roubaram cinco obras de
arte: um Dalí, um Matisse, um Monet e dois Picassos, cujo valor estimado, na
época, ultrapassava 10 milhões de dólares. Naquela tarde de 24 de fevereiro
de 2006, os ladrões, de posse de uma granada, renderam os três seguranças, desligaram
o sistema de câmeras de vigilância e fizeram nove reféns. Um dos invasores
subiu em um móvel histórico para, com uma faca, cortar os fios de náilon que
seguravam um dos quadros. Meia hora depois, saíram pela mata para nunca mais
serem vistos. Até hoje se trata do maior roubo de arte do Brasil e do oitavo
do mundo.
Decidida a desvendar o mistério, a jornalista Cristina
Tardáguila chegou a se colocar em situações de risco a fim de encontrar
respostas. Em sua jornada, ela viajou para a Europa e mergulhou no mundo
obscuro dos crimes de arte. A partir de meticulosa apuração dos eventos,
muito maior do que a da própria polícia conseguiu levantar, a autora produziu
uma narrativa vibrante, cheia de reviravoltas dignas de um thriller,
construída apenas com fatos.
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Um livro documentário
retratando o maior roubo de artes ocorrido no Brasil. A jornalista autora do
livro conseguiu lançar uma nova ótica sobre o episódio, um crime que nunca
foi resolvido e que há tempos já caiu no esquecimento, mas que ainda intriga
muita gente.
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Em um grupo de amigas, a DUFF - sigla para Designated Ugly Fat
Friend - é aquela que não se destaca, a menos atraente da turma. Ela não se
enquadra nos padrões de beleza tradicionais, ou se preocupa menos com o
visual, mas nem por isso deixa de ter seus encantos. Bianca Piper é esse tipo
de garota. E estava muito bem, até que Wesley Rush, o pegador da escola, veio
puxar conversa dizendo que ser legal com a DUFF o ajudaria a se dar bem com
suas amigas Casey e Jessica. A partir de então, Bianca começa a se
questionar: ela seria a amiga feia?
As vantagens e as desvantagens de ser uma DUFF, o que leva
alguém a pensar que é uma e outras dúvidas começam a ocupar os pensamentos de
Bianca e só não dominam sua cabeça porque ela tem problemas maiores. O
casamento de seus pais não vai bem e no dia em que ela descobre que eles
estão se divorciando, decide sair com suas amigas para esquecer. Enquanto
Casey e Jess se divertem, Bianca encontra Wesley e, num impulso, o beija.
Os dois começam uma espécie de inimizade colorida. Bianca acha
Wesley um galinha, que se aproveita da beleza e do dinheiro para ficar com o
maior número de meninas possível, mas, no fundo, sente-se atraída por ele.
Wesley é um cara amigável e não perde uma oportunidade de ficar com ela,
ainda que continue chamando Bianca de DUFF. Com a convivência, os dois
descobrem que as aparências enganam.
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Sensivel e verdadeiro, Duff
foge do clichê de protagonista perfeita ou de coitadinha que da a volta por
cima. Explorando o complicado mundo dos jovens e as relações complexas e
muitas vezes cruéis que somos sujeitos nessa fase da vida, Duff mostra que
aparências importam sim, mas apenas enquanto você deixar que o julgamento
daqueles que te rodeiam o afete.
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Considerado o primeiro livro do papa Francisco, O Nome de Deus é
misericórdia traz uma entrevista exclusiva concedida ao vaticanista Andrea
Tornielli, na qual o pontífice explica o porquê do Ano da Misericórdia que
teve inicio em 8 de dezembro de 2015.
“A Igreja não está no mundo para condenar, mas para promover o
encontro com aquele amor visceral que é a misericórdia de Deus. Para que isso
aconteça, é necessário sair. Sair das igrejas e das paróquias, sair e ir à
procura das pessoas onde elas se encontram, onde sofrem, onde esperam”.
O livro cujas capas em italiano, inglês, francês, alemão,
espanhol e português foram escritas à mão pelo próprio papa Francisco será
lançado simultaneamente no mundo todo.
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O polêmico papa argentino
lançou seu primeiro livro, um resumo de uma entrevista concedida a jornalista
que leva a autoria da obra. Há muito tempo um papa não conseguia resgatar o
respeito da igreja católica e principalmente o orgulho de seus seguidores.
Para isso, Francisco não usou de nenhuma fórmula mágica, apenas prega e
pratica aquilo que nos ensinou Aquele que ele representa. Não importa a
religião, um livro inspirador.
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A jornalista Consuelo Dieguez resgata a história do fundador da
H. Stern e a trajetória da joalheria no livro “H Stern, a história do homem e
da empresa”. A autora percorre a infância de Hans Stern em Essen, na
Alemanha, passa por sua chegada ao Rio ainda na adolescência na década de 30,
até se debruçar sobre a criação e evolução da joalheria carioca, que
completou 70 anos este ano.
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Poucas pessoas sabem mas a H
Stern é uma empresa nacional. E uma empresa recheada de história e tradição
no mercado de jóias. Um prato cheio para quem gosta de biografias, H Stern, a
história do homem e da empresa narra toda a tragetória de seu fundador, além
de detalhar a evolução da empresa carioca.
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A história da operação militar norte-americana que transformou
camponeses bolivianos em força de combate e capturou o guerrilheiro mais
famoso do mundo... Ícone da Revolução Cubana, Ernesto "Che" Guevara
entrou para a história como um dos maiores símbolos comunistas da segunda
metade do século XX, mas detalhes de sua prisão e execução ainda são
desconhecidos. Ao esmiuçar relatórios do governo, documentos oficiais e
relatos de testemunhas, os jornalistas Mitch Weiss e Kevin Maurer revelam os
bastidores de uma das primeiras missões verdadeiramente bem-sucedidas das
Forças Especiais norte-americanas, os Boinas-Verdes: aquela que, em 1967,
capturou Guevara, então escondido nas selvas montanhosas da Bolívia. Caçando
Che narra as façanhas do major Ralph "Pappy" Shelton, que, com uma
equipe de especialistas norte-americanos escolhidos minuciosamente,
transformou um grupo maltrapilho de camponeses bolivianos nos Rangers, uma
força de combate montada para encontrar o guerrilheiro. Além dele, são
personagens essenciais da história o general René Barrientos, o agente da CIA
Félix Rodriguez e Gary Prado Salmón, comandante boliviano dos Rangers que
terminou por prender Guevara.
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Muito se fala sobre Che.
Odiado ou amado, Che Guevara é conhecido em praticamente todo o mundo, tendo
servido de inspiração a diversos grupos rebeldes ou revolucionário ao longo
dos últimos 50 anos. Esse livro trás novos detalhes sobre a operação que por
fim prendeu o guerrilheiro. Um livro para fãs de história ou curiosos sobre a
tragetória dos países latinos ao mundo moderno.
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