Sinopse:
Há seis dias, o astronauta
Mark Watney se tornou a décima sétima pessoa a pisar em Marte. E,
provavelmente, será a primeira a morrer no planeta vermelho. Depois de uma
forte tempestade de areia, a missão Ares 3 é abortada e a tripulação vai
embora, certa de que Mark morreu em um terrível acidente. Ao despertar, ele
se vê completamente sozinho, ferido e sem ter como avisar às pessoas na Terra
que está vivo. E, mesmo que conseguisse se comunicar, seus mantimentos terminariam
anos antes da chegada de um possível resgate. Ainda assim, Mark não está
disposto a desistir. Munido de nada além de curiosidade e de suas habilidades
de engenheiro e botânico e um senso de humor inabalável , ele embarca numa
luta obstinada pela sobrevivência. Para isso, será o primeiro homem a plantar
batatas em Marte e, usando uma genial mistura de cálculos e fita adesiva, vai
elaborar um plano para entrar em contato com a Nasa e, quem sabe, sair vivo
de lá. Com um forte embasamento científico real e moderno, Perdido em Marte é
um suspense memorável e divertido, impulsionado por uma trama que não para de
surpreender o leitor.
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Watney é um dos tripulantes
da terceira missão enviada a Marte para coleta de materiais e estudos sobre o
planeta vermelho. A missão tinha um mês de duração, mas devido a fortes
tempestades eles são obrigados a abandonar tudo e voltar para terra, algo
previsto no cronograma e no escopo da missão. O que não estava previsto era
deixar alguém para trás, mas Mark sofre um acidente durante a fuga e é dado
como morto e abandonado por seus companheiros.
Quando desperta, percebe que
está sozinho no planeta vermelho, que sua nave já decolou de volta para casa
e que ele precisa descobrir uma maneira de se manter vivo e de fazer contato
com a NASA para avisar que está vivo. A tarefa não é fácil, principalmente
porque ele esta em um planeta onde não existe comida e nada cresce no solo,
com rações para não mais do que 5 meses e o único rádio que possuía capaz de
fazer contato foi embora para a Terra junto com seus colegas.
Na maior parte do livro
iremos acompanhar como o astronauta lida com a situação da sobrevivência e da
retomada da comunicação com a Terra. Além disso, como ele mesmo diz, Marte
está o tempo todo tentando lhe matar e a cada capitulo temos dificuldades e
problemas diferentes que Watney terá de resolver e as explicações, recheadas
de ironia e bom humor são o ponto alto do livro.
Nesse meio tempo também
acompanhamos a NASA em uma corrida desenfreada para conseguir trazer de volta
e com vida seu astronauta perdido. Essa busca por soluções dos dois lados
acaba criando um clima de tensão que eu não esperava e, mesmo sem passagens
com muita ação, acabamos entrando no clima e torcendo para que tudo de certo.
E fazer com que tudo de certo não é a tarefa mais fácil de todas, na verdade,
a sobrevivência de Watney parece ser muito mais uma questão de milagre do que
de ciência.
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Adorei a temática do livro.
Viagens no espaço sempre me causaram fascinação e a forma apresentada, como
se uma colonização já estivesse em curso em um futuro próximo me animou muito
em ler o livro. Outros diferenciais são personagem e seu excelente senso de
humor e a realidade sob a qual é baseada a trama. O autor está de parabéns
pelo que conseguiu em seu livro de estreia.
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Foram poucos detalhes que me
desagradaram e a maioria esquecia assim que virava a página. Acho que os
detalhes técnicos podiam ter sido um pouco mais simplificados, apesar de
serem importantes para a trama e podia ter mostrado um pouco mais o lado político
da situação. Mas sinceramente tenho dificuldade em encontrar pontos negativos
nesse livro, eu simplesmente adorei.
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Trechinhos:
“Precisávamos sair na
tempestade para irmos do Hab ao VAM. Seria arriscado, mas que alternativa nós
tínhamos? Todo mundo conseguiu, menos eu.”
“Lembra daqueles problemas
das aulas de álgebra em que tem água entrando em um recipiente a uma certa
velocidade e saindo a uma velocidade diferente e você precisa calcular quando
o recipiente vai ficar vazio? Pois é, esse é o conceito crucial para o
projeto ‘Mark Watney não vai morrer’, no qual estou trabalhando.”
“Nada? Absolutamente nada? –
resmungou Venkat. – Você está brincando comigo? Vinte especialistas
trabalharam durante doze horas nesse problema. Temos uma rede de comunicação
multibilionária. Vocês não conseguem pensar em nenhuma forma de falarmos com
ele?”
“Comecei o dia com um pouco
de chá de nada. Chá de nada é fácil de fazer. Primeiro, pegue água quente,
depois, não acrescente nada. Experimentei chá de casaca de batata algumas
semanas atrás. Quanto menos falar disso, melhor.”
“Se eu voltar a Terra, vou
ficar famoso, certo? Um astronauta destemido que venceu todas as
adversidades, não é? Aposto que as mulheres gostam disso. Mais uma motivação
para permanecer vivo.”
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Conclusão:
Ótimo livro e que ainda
resultou em um filme estrelado por Matt Damon. Ficção-cientifica de
qualidade, baseada na ciência real e situada em um ponto muito próximo do
nosso momento atual. Recomendo o livro e admito que agora aguardo ansioso por
mais livros do autor e que siga a mesma linha de escrita e de construção dos
personagens, pois Perdido em Marte ficou ótimo do começo ao fim.
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Autor: Andy
Weir
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Livro:
Perdido em Marte (The Martian)
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Editora:
Arqueiro (Crown Publishing Group)
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Ano: 2014
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Páginas: 336
(387)
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