A literatura Argentina é uma das maiores forças da América Latina. Possui diversos autores consagrados e uma safra de talentos que se renova ano após ano, em todos os gêneros e estilos literários.
Temos o costume de dizer que somente em Buenos Aires, existem mais livrarias que no Brasil inteiro. Isso não é uma verdade de fato mas ilustra um pouco a diferença de cenário entre os dois países pois, se passear pelas ruas da capital portenha irá de fato ter essa sensação. O hábito da leitura, muito menos presente nos brasileiros do que nos nossos hermanos portenhos que leem até quatro vezes mais do nós, rendeu frutos na formação de autores.
Em nossa lista colocamos 5 daqueles que consideramos mais famosos ou importantes, porém há outros que se comparam a seu calibre e ainda uma infinidade de autores que são completamente desconhecidos de nós brasileiros, mas que já causam furor em suas terras e até mesmo pela Europa, principalmente na Espanha que é uma grande consumidora de livros vindouros da América Latina.
Ernesto Sabato
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É outro autor mais ou menos conhecido por aqui e
de grande reconhecimento internacional. Nascido em 1911, tem entre suas
premiações, o prêmio Cervantes de 1984 e é reconhecido como uma dos maiores
autores argentinos do século XX.
Sua escrita se destaca pela trama intricada e
pelo aprofundamento que sempre deu a construção psicológica de seus
personagens, além de um conteúdo filosófico baseado na corrente do
existencialismo. Seus livros foram e são constantemente adaptados a musicais
e filmes não somente na argentina como em diversos outros países.
No Brasil, os livros que mais se destacaram foram
Resistência e O Túnel, porém várias obras podem ser encontradas traduzidas
para o português e praticamente todas são facilmente encontradas na lingua
espanhola.
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Silvina Ocampo
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Nascida em Buenos Aires em 1903, Silvina foi uma
escritora, contista e poetisa argentina. Esposa de Adolfo Bioy Casares, teve
grande parte de sua obra ofuscada pelo talento do esposo e de seu amigo Jorge
Luis Borges, além da própria irmã Victoria Ocampo. Apesar de ter demorado, o
reconhecimento chegou aos poucos e hoje é reconhecida como uma das principais
escritoras da Argentina.
Publicou seu primeiro livro, uma coletânea de
contos, em 1937, denominado Viaje Olvidado. Composto por relatos curtos, o
livro foi resenhado por sua irmã na revista Sur de forma nem um pouco
incentivadora. Apesar das duras criticas iniciais, o livro é considerado hoje
o ponto central do trabalho da autora.
Infelizmente no Brasil o máximo que encontramos de
Ocampo é uma obra da Cosac Naify, intitulada Antologia da Literatura
Fantástica, onde estão presentes também seu esposo Bioy e seu amigo José
Borges.
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Se ficou interessado pela literatura de nossos queridos vizinhos, segue uma listinha de por onde começar:
"Don Segundo Sombra" (1926) - Ricardo Güiraldes
"Os Sete Loucos" (1929) - Roberto Arlt
"A Invenção de Morel" (1940) - Adolfo Bioy Casares
"O Aleph" (1949) - Jorge Luis Borges
"Zama" (1956) - Antonio di Benedetto
"As Armas Secretas" (1959) - Julio Cortázar
"Sobre Heróis e Tumbas" (1961) - Ernesto Sábato
"O Beijo da Mulher Aranha" (1976) - Manuel Puig
"O Enteado" (1982) - Juan José Saer
"Santa Evita" (1995) - Tomás Eloy Martínez
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