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Autores Pelo Mundo - Agentina

Conheça alguns dos principais autores argentinos de todos os tempos e descubra um mundo novo na literatura.

A literatura Argentina é uma das maiores forças da América Latina. Possui diversos autores consagrados e uma safra de talentos que se renova ano após ano, em todos os gêneros e estilos literários.

Temos o costume de dizer que somente em Buenos Aires, existem mais livrarias que no Brasil inteiro. Isso não é uma verdade de fato mas ilustra um pouco a diferença de cenário entre os dois países pois, se passear pelas ruas da capital portenha irá de fato ter essa sensação. O hábito da leitura, muito menos presente nos brasileiros do que nos nossos hermanos portenhos que leem até quatro vezes mais do nós, rendeu frutos na formação de autores.

Em nossa lista colocamos 5 daqueles que consideramos mais famosos ou importantes, porém há outros que se comparam a seu calibre e ainda uma infinidade de autores que são completamente desconhecidos de nós brasileiros, mas que já causam furor em suas terras e até mesmo pela Europa, principalmente na Espanha que é uma grande consumidora de livros vindouros da América Latina.

Jorge Luis Borges
Foi um escritor, poeta, tradutor, critico literário e ensaísta argentino, nascido em Beunos Aires em 24 de Agosto de 1899 e faleceu em 14 de Junho de 1986.
Fluente em várias líguas, Borges é o escritor de maior reconhecimento da Argentina e com grande penetração mundial, com suas obras publicadas extensamente tanto nos Estados Unidos como na Europa.

As suas obras abrangem, segundo ele mesmo definiu, o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura". Seus livros mais famosos, Ficciones, de 1944 (Ficções no Brasil) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios e livros fictícios, religião, Deus. Os seus trabalhos têm contribuído significativamente para o gênero da literatura fantástica até os dias de hoje.

Adolfo Bioy Casares
Nascido em Buenos Aires em 1914 foi um escritor de renome em seu país e em todo o mundo com suas obras de literatura fantástica, policial e ficção cientifica. Considerado um dos escritores mais importantes da Argentina, assim como seu grande amigo Jorge Luis Borges, Casares coleciona prêmios, entre eles o 'Premio Internacional Alfonso Reyes' e o badalado 'Premio Miguel de Cervantes', ambos recebidos em 1990. Além da ilustre amizade, foi casado com outro grande nome da literatura argentina, com a escritora Silvina Ocampo, que vamos conhecer logo mais neste mesmo post.

Seu livro de maior destaque foi também o primeiro publicado, La invención de Morel, de 1940 (no Brasil A Invenção de Morel) narra a história de um fugitivo que acaba chegando a uma ilha onde estranhos habitantes, um navio fantasma e um cientista chamado Morel desafiam a compreensão humana. O livro é também um dura critica a tecnologia moderna.

A publicação de suas obras no Brasil é extensa e todos os seus livros podem ser encontrados traduzidos para o português.

Julio Cortázar
Este é, ao lado de Bioy, um dos argentinos mais conhecidos do público literário brasileiro, tendo suas obras publicadas a exaustão por aqui. Nascido na Bélgica em 1914, porém em solo Argentino, dentro da embaixada de seu país, viveu a partir dos 4 anos na Argentina.

É considerado um dos autores mais inovadores e originais de seu tempo, mestre do conto curto e da prosa poética, comparável a Jorge Luis Borges e Edgar Allan Poe. Foi o criador de novelas que inauguraram uma nova forma de fazer literatura na América Latina, rompendo os moldes clássicos mediante narrações que escapam da linearidade temporal e onde os personagens adquirem autonomia e profundidade psicológica inéditas.
Seu livro mais conhecido é Rayuela (O Jogo da Amarelinha), de 1963, que permite várias leituras orientadas pelo próprio autor.

Cortázar também inspirou um grande número de cineastas, entre eles o italiano Michelangelo Antonioni, cujo longa-metragem Blow-up foi baseado no conto As Babas do Diabo (do livro As Armas Secretas).

Ernesto Sabato
É outro autor mais ou menos conhecido por aqui e de grande reconhecimento internacional. Nascido em 1911, tem entre suas premiações, o prêmio Cervantes de 1984 e é reconhecido como uma dos maiores autores argentinos do século XX.

Sua escrita se destaca pela trama intricada e pelo aprofundamento que sempre deu a construção psicológica de seus personagens, além de um conteúdo filosófico baseado na corrente do existencialismo. Seus livros foram e são constantemente adaptados a musicais e filmes não somente na argentina como em diversos outros países.

No Brasil, os livros que mais se destacaram foram Resistência e O Túnel, porém várias obras podem ser encontradas traduzidas para o português e praticamente todas são facilmente encontradas na lingua espanhola.

Silvina Ocampo
Nascida em Buenos Aires em 1903, Silvina foi uma escritora, contista e poetisa argentina. Esposa de Adolfo Bioy Casares, teve grande parte de sua obra ofuscada pelo talento do esposo e de seu amigo Jorge Luis Borges, além da própria irmã Victoria Ocampo. Apesar de ter demorado, o reconhecimento chegou aos poucos e hoje é reconhecida como uma das principais escritoras da Argentina.

Publicou seu primeiro livro, uma coletânea de contos, em 1937, denominado Viaje Olvidado. Composto por relatos curtos, o livro foi resenhado por sua irmã na revista Sur de forma nem um pouco incentivadora. Apesar das duras criticas iniciais, o livro é considerado hoje o ponto central do trabalho da autora.

Infelizmente no Brasil o máximo que encontramos de Ocampo é uma obra da Cosac Naify, intitulada Antologia da Literatura Fantástica, onde estão presentes também seu esposo Bioy e seu amigo José Borges.

Se ficou interessado pela literatura de nossos queridos vizinhos, segue uma listinha de por onde começar:
"Don Segundo Sombra" (1926) - Ricardo Güiraldes
"Os Sete Loucos" (1929) - Roberto Arlt
"A Invenção de Morel" (1940) - Adolfo Bioy Casares
"O Aleph" (1949) - Jorge Luis Borges
"Zama" (1956) - Antonio di Benedetto
"As Armas Secretas" (1959) - Julio Cortázar
"Sobre Heróis e Tumbas" (1961) - Ernesto Sábato
"O Beijo da Mulher Aranha" (1976) - Manuel Puig
"O Enteado" (1982) - Juan José Saer
"Santa Evita" (1995) - Tomás Eloy Martínez

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