
Qual é a relevância para os
dias atuais do estudo de antigos conceitos, categorias e termos relativos às
mestiçagens biológicas e culturais associadas à escravidão? As respostas a
essa pergunta são apresentadas ao longo deste livro, direta e indiretamente.
O passado mestiço e escravista ibero-americano, entre o fim do século XV e o
início do século XIX, é estudado a partir das formas como foi nomeado,
compreendido, explicado e organizado pelos agentes históricos que o
constituíram e de um grande conjunto de documentos que eles produziram e
legaram ao futuro. Grandes categorias sociais, como “qualidade”, “condição”,
“cor”, “nação”, “raça” e “casta”, assim como as designações “índio”,
“branco”, “negro”, “preto”, “crioulo”, “mestiço”, “mameluco”, “caboclo”,
“mulato”, “pardo”, “zambo”, “cabra”, entre outras, são analisadas a partir
dos significados a elas atribuídos no passado. Surge daí uma história
americana conectada, pensada em perspectiva comparada, que expõe matrizes do
que somos e de como nos identificamos hoje, indicando, também, alterações e
rupturas importantes ocorridas, sobretudo, na segunda metade do século XIX e
início do século XX, que muito nos diferenciam de nossos antepassados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui comentários, criticas, elogios e sugestões!!! Indique novas opções de leitura para o Blog!!! Compartilhe!!!