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Resenha (40) - Conquista

Conquista

Sinopse:
Em uma Sociedade que não permite escolhas nem imperfeições, um pequeno erro pode ser o elemento que faltava para iniciar uma revolução. 'Conquista' é a continuação de Destino e Travessia. No livro, a autora retoma a história de Cassia Reyes, jovem que pertence a uma sociedade controlada por um Estado totalitário ainda que nele não haja pobreza e a população tenha acesso a direitos básicos, como alimentação, moradia e emprego. O futuro de Cassia não poderia ser mais incerto agora que ela resolveu seguir para as sombrias Províncias Exteriores, campo de extermínio dos cidadãos banidos pela Sociedade. Ela está à procura de Ky Markham, com quem desenvolveu uma relação proibida, e que havia sido aprisionado, com um destino que se encaminhava para a morte certa.
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E com este volume cheegamos ao fim da distopia escrita por Ally Condie sobre um futuro não tão distante da raça humana, onde mais uma vez o totalitarismo e o fascismo predominam no mundo e comunidades são isoladas do resto do planeta atrás dos muros intransponíveis do governo e da força.


Em Conquista, Cassia e Ky mergulham de vez nos planos da insurreição e se preparam para a guerra e a tomada do poder. Pequenas peças dentro de um plano maior, as dúvidas, medos e insegurança vão acompanhar o casal durante a jornada de volta para o seio da sociedade. Nesse meio tempo Xander segue infiltrado como agente duplo. Funcionário exemplar da sociedade, sempre fez parte da insurreição e aguardada o sinal que finalmente dará inicio ao planos de controle daqueles que viam a tomada do poder.


E o sinal chega. Uma devastadora praga atinge toda a sociedade e aos poucos os cidadãos vão adoecendo. Nesse momento a insurreição ataca e com poucos conflitos toma o poder com base na promessa de cura e salvação, algo que a principio da certo, até que a praga sofre uma mutação e as coisas fogem do controle.


Considero este último volume o mais empolgante da trilogia. A história segue em ritmo acelerado e os fatos vão se sucedendo sem interrupção envolvendo o leitor até o final, do jeito que uma boa história tem que terminar.


O romance dos personagens também amadurece e é contado de forma bem realista diante da situação que se apresenta, o que fez com que a autora ganhasse de vez meu respeito por não ceder a tentação de algo melo-dramático demais como está na moda. Os conflitos políticos e a forma como aqueles que detêm o poder, usam esse poder, também foi bem escrita e explorada.


E o final é algo esperado mas não menos emocionante. De forma simples a autora consegue fechar todas as arestas da história, sem deixar muitas perguntas no ar, corando uma ótima trilogia digna de ficar lado a lado com jogos vorazes nas distopias famosas.
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O que não gostei foi o total isolamento do mundo fora da sociedade. Não se sabe muita coisa sobre outras nações ou sobre o que se passa fora das fronteiras, apenas que existe algo que todos que para lá foram não retornaram. Acho que esse mundo poderia ser um pouquinho mais explorado, mesmo que de forma simples, para dar um tom maior de realidade a história.


Mas isso é só um detalhe e tenho certeza que muita gente não vai pensar como eu, afinal, a história é muito bem escrita, os personagens são fortes, ela resgatou o Xander para o centro como um dos protagonistas e desenvolveu muito bem a politica na qual se baseia o mundo que criou. Tudo isso são pontos de destaque para o livro. Mas o que mais gostei é a mensagem clara que existe no livro e é inclusive citada várias vezes por Cássia, relembrando as palavras que seu avô lhe transmitiu em forma de um poema - Não entre docemente naquela boa noite. . .(Lute, não aceite, questione). Uma mensagem que deveria ser um mantra para a humanidade e jamais se esquecida.

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Trechinhos:


“A Insurreição trouxe os pedaços da barricada não utilizados para fora, até esse terreno vazio próximo ao lago. Separados, os pedaços brancos do muro se parecem eles mesmos arte - sinuosos e enormes, como plumas largadas na Terra por seres gigantes e depois transformadas em mármore, como ossos saindo do chão e então transformados em pedra. São um cânion despedaçado, com espassos para andar entre eles.”
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“Comecei a tirar todos os meus intervalos no pátio. Eu até trago minha comida até aqui para comer. É um pequeno recorte de árvores e flores que estão começando a morrer, porque ninguém tem tempo de cuidar delas, mas pelo menos, quando estou aqui fora, sei se é dia ou noite.”
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“...Ele corta o tecido em peças e faz vestimentas em um estilo diferente de qualquer um que eu já tenha visto, com ângulos e floreios e linhas que são inesperadas e retas. Ele pendura suas criações no topio da Galeria, e elas parecem as promessas de quem a gente pode ser no futuro.”
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“Ela parece muito ausente. Eu tento não entrar em pânico. Seu rosto está tão pálido contra as sardas espalhadas; há mais grisalho em seu cabelo do que me lembro, mas ela parece jovem  com seus olhos abertos assim; jovem e perdida para nós.”
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Conclusão:


Valeu a pena. Aproveitei uma promoção do site submarino e recebi um achado que com certeza valia muito mais do que paguei. Não é uma obra genial, mas é muito boa e recomendo para todas as pessoas que gostam de histórias assim.



Autor: Ally Condie
Livro: Conquista (Reached).
Editora: Suma de Letras (Dutton Juvenile)
Ano: 2013 (2013)

Páginas: 360

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