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Lançamentos da Cia das Letras para Fevereiro

Este será um dos post mais longos que já fiz no Blog. A Companhia de Letras irá lançar um pacotão de livros agora em fevereiro além dos que já foram lançados.

Como é comum com a Editoria, há livros para todas as idades e gêneros através de seus selos. Veja abaixo os lançamentos e a sinopse de cada uma das 24 novidades.
 
Goya
No final de 1792, Goya contraiu uma doença misteriosa que o deixou de cama durante várias semanas. Em janeiro do ano seguinte, parcialmente restabelecido, estava totalmente surdo. O pintor aragonês era um dos artistas prediletos da corte espanhola, retratista de reis, nobres e damas da corte, além de autor de pinturas com temas bíblicos sob encomenda da Igreja. A surdez repentina e completa, segundo Tzvetan Todorov, marcou uma profunda transformação em seu modo de pintar, desenhar e ver o mundo.
Num percurso semelhante ao de seu contemporâneo Beethoven, o profeta do romantismo que também padeceu de surdez, Goya começou a abandonar a representação da realidade objetiva e a reverência aos cânones acadêmicos para se concentrar nas visões fantasmáticas que o obcecavam.
Acontecimento então inédito na história da arte ocidental, o autor da Maja desnuda continuou trabalhando como um bem-comportado artista da corte madrilenha ao mesmo tempo que mergulhava nos subterrâneos mais obscuros da natureza humana, criando séries radicalmente experimentais como Caprichos e Desastres da guerra.
Todorov, linguista e crítico búlgaro-francês considerado um dos mais importantes intelectuais vivos, propõe um eficiente roteiro para a compreensão das linhas de força da obra de Goya. A partir da influência das ideias iluministas sobre o pintor espanhol, o autor disseca as relações entre filosofia, estética e história na gênese de seus trabalhos-chave.
Lançamento: 14/02/2014


A Cabeça do Santo
Pouco antes de morrer, a mãe de Samuel lhe faz um último pedido: que ele vá encontrar a avó e o pai que nunca conheceu. Mesmo contrariado, o rapaz cumpre a promessa e faz a pé o caminho de Juazeiro do Norte até a pequena cidade de Candeia, sofrendo todas as agruras do sol impiedoso do sertão do Ceará.
Ao chegar àquela cidade quase fantasma, ele encontra abrigo num lugar curioso: a cabeça oca e gigantesca de uma estátua inacabada de santo Antônio, que jazia separada do resto do corpo. Mas as estranhezas não param aí: Samuel começa a escutar uma confusão de vozes femininas apenas quando está dentro da cabeça. Assustado, se dá conta de que aquilo são as preces que as mulheres fazem ao santo falando de amor.
Seu primeiro contato na cidade será com Francisco, um rapaz de quem logo fica amigo e que resolve ajudá-lo a explorar comercialmente o seu dom da escuta, promovendo casamentos e outras artimanhas amorosas. Antes parada no tempo, a cidade aos poucos volta à vida, à medida que vai sendo tomada por fiéis de todos os cantos, atraídos pelo poder inaudito de Samuel. Em meio a esse tumulto, ele irá descobrir a verdade sobre o desaparecimento do pai e se apaixonar por uma voz misteriosa que se destaca entre as tantas outras que ecoam na cabeça do santo.
Já consagrada por seus livros infantojuvenis, a escritora Socorro Acioli apresenta este seu primeiro romance dirigido ao público adulto, desenvolvido na oficina Como Contar um Conto to, promovida por Gabriel García Márquez em Cuba.
Lançamento: 19/02/2014


Soldados - Sobre Lutar, Matar e Morrer
Entre 1939 e 1945, quase 20 milhões de cidadãos alemães combateram nas múltiplas linhas de frente abertas pela Wehrmacht na Europa, na África e no oceano Atlântico. Pastores de ovelhas foram convertidos em pilotos de bombardeiros; administradores de empresas se integraram aos esquadrões de fuzilamento de judeus na Polônia e na União Soviética; mecânicos de automóveis se tornaram guardas de campos de concentração. Numerosos especialistas têm, desde o fim do conflito, se debruçado sobre as razões que levaram essas pessoas comuns e perfeitamente pacíficas em sua vida cotidiana a se transformarem em sanguinários criminosos de guerra. A maioria das interpretações históricas e psicológicas tem apontado para o papel fundamental da ideologia nacional-socialista disseminada pela propaganda do regime hitlerista.
No entanto, amparado numa das mais amplas documentações de fontes primárias já reunidas sobre o período - escutas secretas de conversas entre prisioneiros de guerra alemães na Inglaterra e nos Estados Unidos -, este livro apresenta uma visão alternativa tão convincente quanto perturbadora. Segundo os autores - ambos alemães nascidos no pós-guerra -, a banalização da violência nas guerras modernas foi, muito além da ideologia, o fator primordial das atrocidades cometidas pela Wehrmacht (a SS, responsável pelos campos de extermínio, e a Waffen-SS, seu braço combatente, eram um caso à parte). O historiador Sönke Neitzel e o psicólogo social Harald Welzer analisam em profundidade os marcos de referência moral e os contextos sociais e pessoais de percepção dos soldados de Hitler, bem como suas semelhanças e diferenças em relação aos de combatentes de outras guerras e nacionalidades.
"Soldados é capaz de mudar a nossa visão sobre a guerra.”
- Der Spiegel
“A gravação dessas conversas extraordinárias revela, com brutal lucidez e franqueza, a dura realidade da Segunda Guerra Mundial vista pelos olhos dos soldados alemães.”
- Ian Kershaw, autor de Hitler
Lançamento: 17/02/2014


A Estrela de Strindberg
Uma ansata desaparecida por mais de meio século é encontrada junto com um cadáver. Don Titelman, psicólogo e especialista em símbolos religiosos, parte em busca dessa ansata e os mistérios que ela esconde. Rapidamente, começa a ser perseguido, sem realmente saber o motivo. Aos poucos, descobre que duas sociedades secretas estão em busca da ansata e de uma estrela, objetos poderosos que revelam um segredo mantido por séculos. Com a ajuda de sua irmã hacker, Don desvenda símbolos nazistas e da mitologia nórdica para chegar a um local no Círculo Ártico que é a chave desse mistério. Mas precisa fazê-lo antes de que a ansata e a estrela caiam nas mãos erradas.
Lançamento: 17/02/2014


Semíramis
Com rara habilidade de trazer até o presente o sentimento vivo do passado, Ana Miranda já recriou algumas passagens decisivas da literatura brasileira. No premiado Boca do Inferno, dedicou-se às aventuras do inquieto Gregório de Matos na Bahia do século XVII. No igualmente elogiado A última quimera, debruçou-se sobre a vida e a obra de Augusto dos Anjos (1884-1914). Em Semíramis, é a vez de José de Alencar (1829-1877), ícone do Romantismo brasileiro e protótipo do “homem de letras” do século XIX.
Ana Miranda fez-se íntima da obra e do tempo de Alencar. Sua prosa é marcada por uma levíssima tensão poética, na frase essencial, cortante e delicada, como se cada gesto e palavra estivesse prestes a se evaporar ou dissolver.
Lastreada por ampla pesquisa histórica, a autora não só dá corpo poético às inquietações metafísicas que consumiam o escritor como traça um quadro impecável dos costumes e principais acontecimentos da época: passam por essas páginas as figuras de Gonçalves Dias, Castro Alves e Machado de Assis, a partir das vidas de Iriana e Semíramis, tocadas, cada qual a seu modo, pela figura central de Alencar.
Semíramis possui um vigor poético total, com uma fluência irresistível desde a primeira frase. São páginas que bebem a energia da paisagem física ou psíquica do autor de Iracema, relembradas dentro de uma nova ordem narrativa, na língua original e nas pupilas de Ana Miranda.
Lançamento: 18/02/2014


Procurando Mônica
Quando José Trajano conheceu Mônica, ele ainda era chamado de Zezinho, e mal tinha largado as calças curtas para descobrir as festas e bares de Rio das Flores, cidade no interior do Rio de Janeiro onde costumava passar o verão. O garoto nem desconfiava que aquele encontro daria início a uma obsessão de mais de quarenta anos, a um amor não correspondido que ele nunca iria esquecer.
Procurando Mônica é a história dessa paixão impossível, um relato repleto de esperanças, sonhos e frustrações. Puxando pela memória, Trajano recria sua implacável busca por Mônica, contando com humor e uma dose de “tragédia grega” os inúmeros foras que recebeu de sua musa. Mas os tempos mudaram. Trajano, que conquistou uma carreira brilhante no jornalismo esportivo, não é mais o garoto inseguro que Mônica tanto desprezou. Com uma nova dose de coragem, ele partirá novamente atrás dela para, quem sabe, escrever o último capítulo desse livro.
Lançamento: 19/02/2014


O Mesmo Mar
Neste romance introspectivo e poético, as guerras, como de hábito na literatura de Amós Oz, estão presentes. Aqui, contudo, elas não são guerras de quem pega em armas, mas guerras da intimidade. Exemplo disso é o próprio Oz, que no livro aparece no papel de um escritor e faz referência a uma tragédia pessoal: o suicídio de sua mãe, quando ele tinha doze anos.
A trama acompanha o entrelaçamento de triângulos amorosos. O principal deles gira em torno de Albert Danon, um viúvo sexagenário. Seu filho, Rico, após a morte da mãe, parte para o Tibete em busca de paz interior. Durante sua ausência, a namorada, Dita, aproxima-se do sogro idoso em busca de proteção, mas a relação acaba assumindo caminhos inesperados.
O mesmo mar surpreende antes de tudo pelo alto grau de elaboração literária, pela profusão e riqueza de suas formas. O enredo vai se revelando numa sequência de seções curtas, compostas às vezes no tom casual e ameno das conversas de todo dia, às vezes como parábola bíblica, fábula, sonho ou poema. O mundo em que vivem as personagens de Amós Oz é barulhento, mas o romance, paradoxalmente, cria um intimismo que convida os leitores a se concentrarem no que elas estão dizendo.
Lançamento: 19/02/2014


Impressão das Coisas
Todo mundo já ouviu falar do peixe-prego e do tubarão-martelo, não é? Mas quem já imaginou um pássaro com cara de tesoura? E um homem com boca de pente? E um castelo com paredes de pregadores?
Neste livro, alguns objetos foram impressos no papel, viraram ilustrações malucas como essas e ganharam perguntas e mais perguntas. Então, além de respondê-las e descobrir que objeto está escondido em cada desenho, as crianças poderão sair por aí fazendo suas impressões, novos desenhos e perguntas também.
Lançamento: 20/02/2014


O Planeta dos Sábios
Engraçada e instrutiva, esta enciclopédia abrange três milênios de filosofia dedicados aos pensadores mais importantes do Ocidente e do Oriente. O cartunista Jul e o filósofo Charles Pépin apresentam as teorias que moldaram nossa maneira de pensar (e, logo, existir) ao longo dos séculos, explicando de modo acessível a essência da obra dos autores e escolas selecionados. São textos breves e pequenas histórias em quadrinhos que flagram os gênios da filosofia em situações mais que hilariantes e formam um cômico roteiro de viagem através da história das ideias.

Lançamento: 25/02/2014


A Jornada de Tarô
Paz, tolerância, compaixão, união, sabedoria - esses são alguns dos ensinamentos do budismo, uma religião que surgiu no Nepal, há 2500 anos. A história de Tarô, um peixe curioso que parte à procura da famosa “água da vida”, que concederia a maior felicidade do mundo a quem a encontrasse, traz muitas lições ligadas a essa tradição antiga.
Viajando por diferentes mares, Tarô pergunta sobre a água da vida a todos os peixes que encontra e nunca é bem recebido. Até que um dia é erguido por uma onda e vislumbra o mar de cima. Nesse momento ele descobre que a água da vida está por toda parte, até mesmo em todos os seres que vivem ali.
Com apresentação e tradução do inglês de Heloisa Prieto, este livro também traz, ao final, uma introdução à história do budismo e aos seus fundamentos.
Lançamento: 26/02/2014


Boca do Inferno
Ecoam ainda nos dias de hoje as consequências de histórias como as de Boca do inferno, publicado originalmente em 1957. Talvez naquele tempo o escritor e jornalista Otto Lara Resende não imaginasse o quão preciso poderia ser este compacto exemplar. O mais provável é que soubesse.
Em um contexto em que a religião dita as regras, o autor traz à superfície os mais bem guardados baús dos porões da família mineira. Não por acaso, as sete narrativas aqui reunidas têm como protagonistas meninos e meninas que, no fim da infância, são lançados de um momento para outro no conhecimento tenebroso das coisas. É sempre aí - na gruta sob a laje, no porão cheirando a mofo, no quarto quieto no meio da noite, no moinho solitário e monótono - que se dá a improvável revelação. Com o peso do que foi longamente gestado, com a força de uma límpida poesia da dor.
Boca do inferno permaneceu durante décadas fora do comércio, não por falta de pedidos, mas porque seu autor - exigente - vivia a reescrevê-lo, adiando continuamente as novas edições. De fato, só a exigência literária extremada poderia lograr uma escrita como esta. Escrita que flui, mas, súbito, se interrompe, deixando à mostra profundidades insondáveis da existência.
Lançamento: 26/02/2014


Contos e Lendas dos Grandes Enigmas da História
Há muitos anos, historiadores, arqueólogos e cientistas tentam desvendar fatos históricos controversos. Alguns deles já possuem explicações plausíveis e amplamente aceitas, como a identidade do homem da máscara de ferro, mas outros continuam uma total incógnita: nossos ancestrais Cro-Magnon e Neandertal teriam interagido entre si? Será que Napoleão foi envenenado em seu exílio na ilha de Santa Helena?
Através de narrativas fictícias baseadas em dados históricos reais, o escritor Gilles Massardier apresenta enigmas - e possíveis soluções para cada um deles - que datam desde a Pré-história até a Idade Contemporânea. Alguns rendem boas risadas; outros, mais intrigantes, podem causar arrepios. De um jeito ou de outro, é impossível desgrudar das páginas antes de desvendar cada mistério.
Os leitores conhecerão Imhotep, o responsável pela construção da primeira pirâmide; verão uma cidadezinha da França ser aterrorizada por um lobo que ataca seres humanos; acompanharão um jardineiro tentando provar a existência do tesouro dos templários a qualquer custo; ouvirão as incríveis peripécias de D’Éon, um cavaleiro francês que ninguém sabia se era homem ou mulher; entre muitas outras aventuras.
O livro traz ilustrações de Vincent Rio e um divertido posfácio, em que o autor explica o que foi tirado da história e o que foi fruto de sua imaginação na escrita de cada um dos contos.
Lançamento: 26/02/2014


Quando é dia de Futebol
Publicados em sua maioria nos jornais Correio da Manhã e Jornal do Brasil, nos quais o autor ocupou cadeira cativa durante muitos anos, os textos de Quando é dia de futebol mostram um Carlos Drummond de Andrade atento ao futebol em suas múltiplas variantes: o esporte, a manifestação popular, a metáfora que nos ajuda a entender a realidade brasileira. São crônicas e poemas escritos a partir da observação do autor sobre campeonatos, Copas do Mundo, rivalidades entre grandes times e lances geniais de Pelé, Mané Garrincha e outros.
Selecionados por Luis Mauricio e Pedro Augusto Graña Drummond, netos do poeta, os textos oferecem um passeio - muito drummondiano, e portanto leve, inteligente e arguto - por nove Copas do Mundo: de 1954, na Suíça, até a última testemunhada pelo autor, em 1986, no México. Não são, claro, resenhas de certames nem tentativas de análise futebolística. Vão além, em seu aparente descompromisso, pois capturam no futebol aquilo que mais interessava ao autor: a capacidade que o bate-bola tem de estilizar, durante os noventa minutos de duração de uma partida, as grandes paixões humanas.
“Confesso que o futebol me aturde, porque não sei chegar até o seu mistério”, anota o mineiro em um dos textos. Pura modéstia, como se verá na leitura deste Quando é dia de futebol, pois, se houve algum escritor brasileiro habilitado à decifração desse esporte apaixonante, foi mesmo Carlos Drummond de Andrade.
Lançamento: 11/02/2014


O Principe e o Guarda
Os dois contos que se passam no universo criado por Kiera Cass, autora da trilogia A Seleção, agora estão disponíveis em edição impressa. Em O príncipe e O guarda, o leitor poderá acompanhar de perto os pensamentos e emoções dos dois homens que lutam pelo amor de America Singer: o príncipe Maxon e Aspen Leger, ex-namorado de America, que acaba trabalhando no palácio durante a Seleção.
Esta antologia inclui, ainda, um final estendido do conto O príncipe; bônus exclusivos, como uma entrevista com a autora e dados inéditos sobre os personagens; além dos três primeiros capítulos de A escolha, o aguardado desfecho da trilogia.
Lançamento: 11/02/2014


O Xixi da Lulu
A Lulu está tirando a fralda. Ganhou um penico, que ela usa por toda a casa, e já está experimentando até a privada. Acidentes acontecem, mas no geral ela está indo muito bem!
Abrindo a fralda da Lulu, puxando o papel higiênico e olhando embaixo da tampa da privada as crianças vão viver o adeus às fraldas com muito mais diversão.





Entre Amigos
Composto de oito histórias interligadas, este livro inédito de Amós Oz recria com precisão a realidade de um kibutz. Durante os anos 1950, no kibutz Ikhat, vizinho de uma antiga aldeia árabe então abandonada, israelenses de diferentes origens e idades partilham um cotidiano de trabalho árduo e dedicado.
O livro tem início com o solitário Tzvi Provizor, que se ocupa diligentemente dos jardins do kibutz, mas no tempo livre escuta o rádio e espalha com especial prazer notícias de tragédias e calamidades. E termina com os últimos dias do velho sobrevivente do Holocausto Martin Vanderberg, que acredita na abolição de todos os estados nacionais e numa fraternidade mundial e pacifista, coroada pelo uso do esperanto como idioma comum a todas as pessoas.
Neste engenhoso conjunto de narrativas interligadas, em que os personagens ora protagonizam uma história, ora aparecem de relance na próxima, Amós Oz elege a fronteira como espaço privilegiado: entre o conto e o romance, entre duas gerações, entre o desejo de se decidir o próprio futuro e a missão de perpetuar um povo e sua cultura.
Nos limites do público e do privado, que a vida num kibutz torna difíceis de identificar, o arranjo particular de uma comunidade serve de palco para o desenrolar de dramas universais. Ao início de cada história, experimenta-se o pioneirismo, mas também a sensação de retorno ao conhecido que acompanha cada personagem nos anos que se seguem à fundação de seu país. Para cada passo que se dá em direção ao novo, um elemento familiar é generosamente oferecido por Amós Oz, para quem o ímpeto de inaugurar convive lado a lado com a tradição a ser mantida.
O autor busca o equilíbrio e pontua com trechos líricos uma narrativa seca, desprovida de excessos, porém rica em detalhes e simbologias, na qual tudo tem serventia.
Lançamento: 12/02/2014


O Mundo é Plano
Elogiado pela crítica e sucesso mundial de vendas, O mundo é plano tornou-se já referência na história das relações internacionais. Thomas Friedman, um dos principais articulistas do New York Times e vencedor de três prêmios Pulitzer, foi pioneiro em enxergar e definir a “nova globalização”, era em que os avanços da tecnologia e da comunicação permitiram que os indivíduos se conectassem como nunca antes, transformando as noções conhecidas de distância, tempo e trabalho. Momento este, defende o autor, que se mostrou positivo para os países emergentes, seus negócios e meio ambiente, ao contrário da era da “velha” globalização, que só beneficiava quem já detinha capital.
Através da ideia de achatamento do mundo, Friedman descreve como as pessoas passaram a colaborar umas com as outras e também competir em um mundo de forças mais igualitárias, e procura assim explicar a ascensão de novos players mundiais, como Índia e China.
A presente edição do livro traz dois capítulos em que o autor responde a perguntas frequentes de leitores, mostra como ser um ativista político e um empresário com preocupação social, e discute como é possível manter a reputação e a privacidade num tempo em que a informação circula de forma frenética.

“Um negócio da China: começar o ano lendo O mundo é plano, do jornalista Thomas Friedman, do New York Times. É uma cápsula de 460 páginas para um voo por um caminho novo, inteligente e empreendedor.” - Elio Gaspari, Folha de S.Paulo
“Grandes livros são os que nos fazem ver o mundo de outra forma, como O mundo é plano, de Thomas Friedman.” - Joseph E. Stiglitz
Lançamento: 13/02/2014


O Corpo no Escuro
Entre o lirismo e a observação lancinante sobre o ciclo da vida, a ausência de religião e a metafísica, um olhar inaugural e o manejo seguro da tradição da poesia em língua portuguesa, o mineiro Paulo Nunes faz de sua estreia em livro um desses momentos que devem ser saudados pelos leitores da nossa melhor lírica. O corpo no escuro é seu primeiro livro, mas reúne uma copiosa e consistente produção (conhecida apenas entre alguns leitores de revistas literárias) que cobre um período de mais ou menos vinte anos, o tempo que o autor, reservadíssimo e aplicado, levou para reuni-la nesta obra.
Dividido em duas grandes seções, “Óbvni” e “Tempo das águas”, o volume traz, articuladas ao longo dos poemas, meditações, observações e tentativas do autor de perscrutar a realidade em praticamente todos os seus aspectos. De feição sóbria, ostentando uma voz algo clássica e falando de temas maiúsculos da poesia (como o amor, o desencanto, o tempo e a morte), o conjunto impressiona pela coerência. Prova disso são poemas como “Um astronauta” (reproduzido na quarta capa), “Parapeito” e “O vigia”, entre outros. Anotações líricas em que a solidão e o abandono do homem contemporâneo - esse “corpo no escuro” - recebe contornos clássicos, arrebatadores.
Mas a lírica de Paulo Nunes também versa sobre alguns lados luminosos da vida, especialmente os afetos. São as paixões, as amizades e o encantamento pelo outro que parecem reorganizar a visão do poeta, convertendo os momentos mais difíceis em oportunidade de pleno entendimento das coisas: “pensar, sentir: a penumbra/ confunde seus habitantes/ quase os devora, mas/ por um triz a pele reluz”, anota o poeta. Eis em síntese, talvez, a fórmula de toda essa poesia.


Beco dos Mortos
Um imigrante ilegal é encontrado morto em um cortiço de Edimburgo. Se a primeira suspeita é de um ataque racista, logo a situação se prova mais complicada. É o que o departamento de polícia precisa para arrastar o inspetor John Rebus para o caso. Não que a vida no trabalho ande fácil, com seus novos chefes em campanha por uma aposentadoria precoce do investigador. Mas o teimoso e obstinado Rebus seguirá novamente a trilha de um morto, numa viagem que o levará a centros de detenção, a comunidades de imigrantes políticos e ao coração do submundo de Edimburgo. Enquanto isso, sua amiga e pupila Siobhan precisará lidar sozinha com os próprios problemas. O desaparecimento de uma adolescente a deixará perigosamente próxima às armadilhas de um maníaco sexual, conforme ela também tenta resolver o assassinato de um jornalista curdo. E há a história dos dois esqueletos encontrados debaixo de um movimentado beco da cidade. No encontro desses casos aparentemente sem conexão, Rebus e Siobhan logo serão atraídos para uma teia de ganância, traições e violência.
Lançamento: 27/02/2014


Caninos Brancos
Caninos Brancos é um lobo nascido no território de Yukon, no norte congelado do Canadá, durante a corrida do ouro que atraiu milhares de garimpeiros para a região. Capturado antes de completar um ano de idade, é usado como puxador de trenó e obrigado a lutar pela sobrevivência em uma matilha hostil. Mais tarde repassado a um dono inescrupuloso, é transformado em cão de rinha e, mesmo depois de resgatado desse universo de violência, ainda precisa de um último ato de heroísmo para conseguir sua redenção e finalmente encontrar seu lugar no mundo.
Percorrendo o caminho inverso ao do traçado em O chamado selvagem (1903), em que um cão domesticado é obrigado a se adaptar à vida na natureza, em Caninos Brancos (1906) Jack London narra a história de um animal que precisa suprimir seus instintos para sobreviver na civilização. Grande sucesso de público desde o lançamento, já foi traduzido para mais de oitenta idiomas e adaptado diversas vezes para o cinema, os quadrinhos e a TV.
Lançamento: 27/02/2014


A Calma dos Dias
No breve volume de ficção O filantropo, Rodrigo Naves, um dos mais importantes críticos de arte do Brasil, trabalhou num registro que o crítico João Moura Jr. iria chamar de “choque moderno”. A partir de uma linguagem que combinava ensaio, prosa e poesia, Naves encapsulou pequenas impressões, cenas e acontecimentos do cotidiano, retirando-os de um lugar de segurança para atribuir a eles novos significados.
Quinze anos se passaram até que Naves resolvesse voltar à ficção. Todavia, se há algo de O filantropo neste A calma dos dias - a forma curta, o rompimento da expectativa e de esquemas preconcebidos -, há também uma nova aspereza, que invade constantemente o olhar conciso e lírico do autor.
O embate entre a resistência da matéria e aquilo que ela tem de leve e fluido está no centro destes contos. A habilidade de Naves está em criar, nas palavras do crítico André Goldfeder, “uma paisagem dispersa, traçada com linhas inquietas e deslocamentos sutis”. É o crítico de arte diante do mundo, desincumbido da obrigação de avaliá-lo, preenchendo espaços vazios e ocultando o que está à vista.

“Nesses livros as palavras extraem sua beleza menos de uma vontade inquestionável de dizer, que da capacidade de materializar uma experiência do olhar. Um olhar que surpreende nos corpos aquilo que mostram sem ver, que rearranja as coisas ao redor criando forças que as atraem e repelem entre si por meio de gestos silenciosos.”
- André Goldfeder 
Lançamento: 27/02/2014


O Silêncio do Algoz
Em 1971, quando era um jovem etnólogo em missão no Camboja, François Bizot foi detido pelo Khmer Vermelho, condenado à morte e mandado para um campo de prisioneiros no meio da selva. Seu carcereiro durante os três meses que esteve cativo era conhecido por Deuch, um intelectual de 28 anos que falava francês e seguia à risca as instruções de Pol Pot. Mas por um estranho senso de justiça desse homem, que acabou criando um laço com seu prisioneiro durante aquele período e conseguiu que ele fosse liberto, Bizot foi o único ocidental a sobreviver à prisão do Khmer Vermelho.
Anos depois de ter passado pela prisão, o francês descobre que seu antigo algoz - mas também aquele que lhe salvou a vida - havia sido responsável por torturar e matar mais de 40 mil prisioneiros no Camboja. Nos processos do Khmer Vermelho que começaram em 2009, Bizot foi convocado a testemunhar contra Deuch, que recebera a alcunha de “algoz de Tuol Sleng”. Depois de ter ficado escondido por muito tempo, ele foi preso e levado a julgamento, quando Bizot teve a chance de voltar a confrontar o homem que o manteve cativo.
Este livro é o testemunho doloroso daquilo que o etnólogo descobriu sobre o torturador e sobre si mesmo, depois de revisitar o período de terror que experimentou na própria pele. O silêncio do algoz está entre as raras obras escritas por pessoas que sobreviveram a situações extremas e que nos permitem, por sua lucidez e sua descrição da crueldade, entender melhor esse complexo mistério que é o homem.
Lançamento: 27/02/2014


Galo das Trevas
Estilista consumado, dono de um fraseado em que mescla, a um só tempo, a observação irônica, a viagem sentimental, o detalhismo sensorial e a musicalidade de alguém que leu atentamente Machado, Proust e os modernistas, Pedro Nava faz deste Galo das trevas mais um monumento definitivo de nossa prosa memorialista. Poucas páginas em língua portuguesa descrevem com tanta beleza e inteligência as noites em claro, não raras vezes desesperadoras, provocadas pela insônia, essa satânica inimiga do descanso do corpo e dos sentidos.
E Nava vai além: como nos volumes anteriores das Memórias, este é mais um passeio pela trajetória do autor e pela própria história do Brasil. Uma narrativa em que público e privado, campo e cidade, ignorância e ilustração, pobreza e opulência se misturam, produzindo um painel amplo e fecundo de nossa vida íntima e social.
Dividido em duas seções, “Negro” e “O branco e marrom”, Galo das trevas foi escrito entre 1978 e 1980, quando o autor, já consagrado pelos quatro volumes anteriores, dava pleno prosseguimento ao seu projeto literário, um dos mais ambiciosos de nossas letras. Acompanhamos nessas páginas o balanço autobiográfico, as observações (atiladas, como de costume) sobre o presente do país, a narrativa - esclarecedora sobre um Brasil do passado - a partir de suas desventuras como médico nos grotões do mundo rural, ainda intocado pela modernidade, e lampejos sobre a Revolução de 30, que deixaria marcas indeléveis em sua geração. Por essas razões, o ciclo memorialístico de Pedro Nava vem sendo saudado, desde seu aparecimento há quarenta anos, como um dos mais poderosos momentos da prosa e da sensibilidade brasileiras.
Lançamento: 28/02/2014


Um Desejo Selvagem
Sylvia Day nos leva de volta para as sombras de um submundo onde sedutores lycans, vampiros e anjos lutam pela supremacia ...
Elijah Reynolds é o mais dominante dos lycans, um Alpha raro, cuja habilidade na caça só é superada por sua sexualidade primitiva. Quando acontece a revolta lycan, devido à mão de ferro do governo angelical, ele fica no comando, tornando-se tanto um inimigo, quanto um aliado cobiçado no conflito entre vampiros e anjos.
Vashti é a segunda vampiro mais poderosa do mundo, uma beleza letal com um caminho de devastação em seu rastro. Encarregada de propor uma aliança entre vampiros e lycans (que mataram seu companheiro), Vash se aproxima de Elijah, cuja necessidade de vingar um amigo pede a morte de Vash, mesmo quando sua paixão exige a sua rendição.
Logo, sua inimizade corrói sob um desejo que tudo consome. Elijah nunca encontrou uma mulher cujo espírito guerreiro e feroz rivalizassem com o apetite sexual dele, enquanto Vash é confrontada por um homem forte o suficiente para se igualar a ela. Mas, como os teares de guerra, cada um deve decidir onde sua lealdade está, com sua própria espécie ou com o amante inimigo, de quem é impossível abrir mão.
Lançamento: 05/02/2014

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