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Resenha (12) - O Último Jurado

O Último Jurado

        Em uma área de mata densa e coberta por pântanos, charcos e brejos instalou-se, no Mississipi, a família Padgitt, desde sua origem, notória por feitos ilícitos: vários anos de fabricação de uísque ilegal, contrabando, roubo, suborno, prostituição e até assassinato. Reservados e unidos resguardavam sua privacidade, sempre temerosos de que alguém se infiltrasse em seu pequeno reino e interrompesse seus lucros consideráveis. Cuidadosos, inteligentes, determinados e pacientes em suas maquinações, nunca qualquer de seus membros fora acusado de crime algum. Até que Danny Padgitt, o filho caçula, é preso pelo estupro e assassinato da jovem e atraente viúva Rhoda Kassellaw, e consegue, assim, aterrorizar o pacato condado de Ford.

        Apesar da ênfase descrita na sinopse em cima da família Padgitt, o livro não foca nessa família nem no assassino, apesar de serem os responsáveis pelos poucos momentos de clímax do livro. A história é contada por  Willie Traynor, jovem recém formado que acabou adquirido por acaso o jornal local da cidade de Clanton, no estado do Mississippi. Assim que adquiriu o jornal, o jovem repórter e agora empresário enfrenta um dos piores crimes da história da cidade e vai explorar essa história com boa dose de sensacionalismo mas também justiça. Suas ações vão refletir e influenciar diversos acontecimentos relatados no livro, inclusive no julgamento do assassino, o que acaba por colocar em xeque a segurança de Traynor.

        Li o Dossiê Pelicano do mesmo autor e adorei! Quando vi este livro no submarino pela bagatela de R$9,90 não pude deixar de comprar, mas confesso que apesar de não achar o livro ruim, fiquei decepcionado.
Não há um bom mistério no livro. Ele é narrado como se seu avô de repente começasse a contar a vida dele, que não tem nada de excitante a não ser um ou dois fatos isolados, e de repente você acorda ainda no sofá, com o vovô ainda falando, só para se decepcionar com o fim do conto, que realmente nada tinha de excitante. Mas não posso classificar o livro como ruim, somente achei a historia e o enredo como um todo muito fracos, como se fosse escrito apenas para ser mais um entre os outros 28 que o autor já escreveu.

       Os pontos legais do livro vão para a visível desigualdade social e o tom de represália do autor contra o racismo da década de 60 que ainda sobrevive em partes dos Estados Unidos. Além disso, mostra como todo sistema governamental é corrupto, mesmo em uma honesta cidade do interior americano. Sem grandes acontecimentos, a história te prende somente pela expectativa de algo em breve vai acontecer, sendo que somente no final algo de fato acontece, mas acabou me decepcionando, pela forma imediatista em que acaba.


Pontos positivos:
  • O livro prende pela expectativa.
  • Leitura bem simples e de linguagem comum.
  • Leitura rápida.
  • Ótimo custo benefício.


Pontos negativos:
  • Os personagens são pouco explorados.
  • Falta emoção.
  • Poucos momentos são empolgantes.
  • Final confuso.




Conclusão:
Para passar o tempo e se entreter um pouco, vale a pena se conseguir pagar os mesmos R$10,00 que eu paguei, caso contrário, há muitos livros excelentes do autor que merecem ser lidos primeiro.



Autor: John Grisham
Livro: O Ultimo Jurado (The Last Juror)
Editora: ROCCO (Doubleday)
Ano: 2005 (2004)

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