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10 Previsões de Livros que se Tornaram Realidade

Todo mundo sabe da importância que a leitura e os livros têm no desenvolvimento social e cultura das pessoas e da civilização humana de modo geral, porém poucas pessoas param para pensar que os livros também servem de fonte de inspiração para inventores de todo o mundo que encontram nas páginas da ficção-cientifica uma ideia viável para o mundo real.

Confira abaixo 10 previsões escritas a um século atrás e que se tornaram realidade nos dias de hoje, apesar de serem impossíveis para a época e muitas vezes interpretadas como meros sonhos ou loucura pelos críticos.
Antidepressivos

Quando Aldous Huxley publicou Admirável Mundo Novo, em 1933, ele previu tanto a engenharia genética quanto uma invenção que seria desenvolvida apenas nos últimos anos, os antidepressivos. No livro, os personagens têm livre acesso a uma droga chamada "soma". Eles se automedicam de acordo com os stress que sentiram no dia-a-dia. A droga torna as pessoas mais felizes, tanto que ninguém percebe como eles estão insatisfeitos com a sua sorte predestinada na vida. No entanto, o romance retrata a droga de forma negativa, como uma ferramenta para aplacar e controlar as massas, em vez de uma solução para doenças psicológicas como é o caso hoje em dia. Estudos recentes realizados pela Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento mostram que estamos caminhando nessa direção de controle por vontade própria. Em países como o Canadá, Austrália e Islândia, 1 em cada 10 pessoas tomam algum tipo de antidepressivo. Os pesquisadores acreditam que, em uma reflexão estranha do mundo de Huxley, as drogas são mais comumente prescritas para tratar a infelicidade do que a depressão clínica para a qual foram fabricados.

Sistema de Cartões de Crédito
Em 1888, Edward Bellamy publicou o romance Daqui a Cem Anos: Revendo o Futuro, considerado um exame futurista da necessidade de reforma social. O personagem principal rica e privilegiada é colocado em um estado de vida artificial, após ser considerado morto em um incêndio ocorrido em sua casa e acorda 113 anos mais tarde, em um século muito diferente. A novela lida principalmente com socioeconomia, respondendo às lutas de classe que eram a realidade na época em que viveu o autor. Bellamy olhou para o enorme crescimento das cidades e da dependência de indústria, imaginando como seria o mundo caso o desenvolvimento continuasse na mesma direção. A economia resultante deve soar estranhamente familiar. Corporações cresceram mais e mais até que pudessem controlar toda a capital, que foi então deslocada para um único local centralizado. Não há mais a necessidade de dinheiro de papel ou moedas. Em vez disso, cada cidadão tem direito a uma cota anual de valores em um singular a abrangente sistema de crédito. Em vez de dinheiro, as pessoas carregam um cartão que eles usam para as compras, deduzindo o valor gasto do montante que eles tem para passar o ano.

Calças Femininas
No início do século 19, Jane Webb, então com 17 anos de idade, leu Frankenstein, de Mary Shelley. Desiludida com sua interpretação de um poder divino inexistente, Webb escreveu sua resposta ao romance. The Mummy! Um conto do século XXII girava em torno da ressurreição de uma múmia em vez da criação da vida a partir do zero. E não foi somente uma olhada sobre o divino que Webb (que mais tarde tornou-se Jane Loudon) vislumbrou, foi também uma espiada no mundo do futuro com várias previsões inimagináveis para a época. Além de imaginar estranhas evoluções especificas como o café expresso e o ar condicionado, Webb também previu um mundo mais feminista. A monarquia é regida exclusivamente por mulheres e herdada através da linhagem feminina. Talvez o mais chocante quando o livro foi publicado em 1828, foi o modo padrão de vestimenta para as mulheres de Webb no século 22. Mulheres do mundo de Webb usariam calças com frequência, com algumas variações do que conhecemos hoje, porém ainda assim, calças. Outro acessório também previsto não pegou apesar de ser utilizado em casas noturnas e festas. O Glo-Stick, aquelas pulseirinhas que brilham no escuro, foi uma das previsões da autora.

Uma Rede de Noticias Global
Jules Verne é bem conhecido como um pioneiro de ficção científica, creditado com a previsão de inúmeras invenções que agora tomamos como algum natural em nossas vidas. Uma de suas previsões, muitas vezes esquecida, apareceu em um conto publicado na revista Forum em 1889 chamado "No ano de 2889." Verne falou sobre o futuro do jornalismo. Nos dias de
Verne, os jornais eram a principal fonte de informações e notícias do público. No futuro, ele viu que todos os pequenos jornais do mundo seriam absorvidos em uma agência de notícias gigante localizado na mesma cidade que o governo centralizado do mundo. Ele a chamou de Earth Chronicle. Ao invés de fazer as pessoas lerem as notícias em formato de impressão, Verne disse que as pessoas seriam capazes de ouvir locutores recitarem as noticias através de um dispositivo de reprodução imediata e com a capacidade de salvar a novidade até que a pessoas tivesse tempo para ouvir tudo de uma vez. Entrevistas com políticos, estadistas e cientistas estariam disponíveis permitindo que todos fossem capazes de se manter atualizados sobre os acontecimentos do mundo com o mínimo de esforço necessário. O proprietário da agência de notícias faria então parte da realeza e seria adorado como um verdadeiro Rei.

O Taser
Por mais improvável que possa parecer, o Teaser (aquela pistola de choque usada por forças de segurança) tem suas raízes no século 20 no início de um livro para crianças. O primeiro livro da série Tom Swift foi publicado em 1910, e desde então, mais de 100 livros detalharam a vida do inventor adolescente. Não houve um único escritor na série Tom Swift. Em vez disso, os livros foram publicados sob pseudônimos e escritos por um grupo de escritores de ficção empregados pela Stratemeyer Literary Syndicate. Inúmeros inventores dão crédito a Tom para suas inspirações, inclusive Jack Cover, o criador do Taser. O nome Taser significa "Tom Swift’s Electric Rifle,” ou Rifle Elétrico de Tom Swifht, sendo o a acrescentado por conveniência. Cover teve a ideia após ver um homem correr de encontro a uma cerca elétrica e acabar paralisado pelo choque, porém sem maiores danos a saúde, o que o fez lembrar-se do Rifle Elétrico sobre o qual havia lido uma vez nas histórias de Tom.

A Internet
Em 1898, Mark Twain escreveu um conto chamado "From the London Times of 1904." Neste conto ele explorou o uso de algo que chamou de telelectroscope. Este aparelho, uma espécie de sistema de telefone de distância ilimitada conectaria
pessoas em todo o mundo transmitindo informações instantaneamente através de telões. Personagens que usavam a rede podiam ligar para qualquer lugar do mundo, aprender sobre diferentes culturas, e observar as pessoas e suas vidas durante seus afazeres diários. O personagem principal, condenado à morte pelo assassinato de um homem com quem ele discutiu sobre a utilidade do telelectroscope, usa o dispositivo para chamar todo o mundo durante o confinamento e aprender sobre tudo o que ele pensa que nunca vai ter a chance de ver. Pouco antes de sua execução, sua suposta vítima aparece viva e bem em uma transmissão de boletim de notícias sobre o dispositivo. Não é a internet como conhecemos hoje, mas é a primeira vez que é sugerida uma rede de comunicação pessoal e global.

Videoconferência
Hugo Gernsback deixou histórias fantásticas, a primeira revista dedicada estritamente à ficção científica e mais tarde emprestou seu nome para o prêmio sci-fi Hugo Awards. No início do século 20, escreveu Ralph 124C 41+, um Romance que se passa no ano de 2660 repleto de eletrônicos modernos. Os críticos disseram que a história não era muito boa, porém foi um dos primeiros trabalhos de ficção cientifica moderna capaz de influenciar gerações de escritores. Um dos dispositivos previstos e usado por seus personagens na história é algo chamado Telephot. O aparelho é uma tela que permite que uma ligação seja feita a outro aparelho e então uma videoconferência é iniciada. Além de ser capaz de conversar com as
pessoas em tempo real, o Telephot também inclui um dispositivo de seleção de idiomas que traduz automaticamente a fala a cada um dos usuários, possibilitando as pessoas conversarem com qualquer um mesmo que desconheça o idioma utilizado. Essa última parte é uma tecnologia que estamos chegando perto de estrear hoje em dia através de um projeto Skype/Microsoft que poderá tornar essa ideia vislumbrada a mais de um século realidade.

Androides
Como vimos, a ficção científica previu grande parte da tecnologia que usamos regularmente hoje. Ela também nos apresentou conceitos que em grande parte ainda consideramos como ficção, mas que estão pouco a pouco se tornando realidade nos dias de hoje. In 1868, a história de Edward Ellis "The Huge Hunter" especulou sobre novos usos do motor a vapor, entre eles a possibilidade de criarmos um homem mecânico, ou seja, um androide. Johnny Brainerd, brilhante inventor criado por Ellis desenvolveu um homem movido a vapor feito de ferro preto e brilhante com uma caldeira acoplada em seu peito, um rosto aterrorizante, um apito para um nariz, e um chapéu alto em sua cabeça. Foi feito para mover-se como um ser humano de carne e osso e era controlado por um motorista que utilizava rédeas muito parecidas com as usadas em cavalos. Quando as histórias sobre Johnny Brainerd e suas criações foram publicadas elas não eram vistas nem mesmo como algo remotamente sério. Não passavam de histórias fantasiosas para as crianças. Hoje, robôs que imitam os seres humanos são cada vez mais comuns. BEAR, o Battlefield Extraction-Assist Robot, tem um corpo superior que combina a destreza humana com a força da máquina. Por sua vez, o Actroid, garante o título de ser um dos robôs mais arrepiantes já criados devido a sua aparência perfeita capaz de fazer com que algumas pessoas nem mesmo percebam se tratar de um androide.

Máquinas conscientes
Os robôs já estão por ai há algum tempo, mas só recentemente os cientistas começaram a criar máquinas capazes de pensar e aprender por conta própria. Na faculdade de Yale os cientistas criaram um robô que pode pensar de forma independente e descobrir as ideias básicas por trás de conceitos complexos, como por exemplo. os espelhos. Estes robôs são projetados especificamente para serem capaz de aprender por conta própria e são destinados como companheiros independentes para crianças com necessidades especiais. A Universidade Cornell desenvolveu um robô multitarefas que não só é capaz de aprender a andar sozinho com sucesso, mas também pode adaptar-se a perda de um membro ou outras alterações que venha a sofrer em seu corpo. A ideia de um robô capaz de aprender foi desenvolvida pela primeira vez em uma peça chamada R.U.R, escrita pelo checo Karel Capek. (A peça também leva os créditos pela palavra "robot (robô)",uma vez que a palavra checa para servidão é 'robota'. A peça gira em torno de uma jovem técnica em conserto de defeitos em robôs que começa a desenvolver a autoconsciência nas máquinas e protestar contra o trabalho sem sentido que realiza. Ela começa a criar robôs com o único propósito de ajudá-los a desenvolver sua própria consciência. Estes robôs pensantes, é claro, decidem no decorrer da história que a raça humana precisa ser destruída.


Jet Packs

Jet packs foram destaque em muitas histórias de ficção cientifica das décadas de 60 e 70, mas a primeira aparição do jet pack foi em uma edição de 1928 da revista Amazing Stories. A reportagem de capa mostrava o capitão Anthony Rogers, um piloto da Primeira Guerra Mundial que combatia o crime no futuro com a ajuda de um jet pack amarrada às costas. Mais tarde ele se tornou mais conhecido como Buck Rogers e tem sua própria série de quadrinhos e filmes. Não demorou muito para que pessoas inspiradas pelas histórias tentassem  tornar o aparelho realidade. A primeira patente para um jet pack (não testado) foi emitido em 1930. Apesar de não serem comumente encontrados nas garagens de todo mundo, Jet Packs funcionais existem e estão aos poucos ganhando popularidade a medida que sua praticidade e facilidade de uso aumentam lentamente. Pesquisadores da Nova Zelândia têm sido pioneiros na utilização de mochilas a jato pessoais e após 30 anos de pesquisa, as mochilas apresentam maior capacidade de manobra, peso reduzido, e minúsculos passos direção ao maior problema encontrado para essa tecnologia que é superar o enorme consumo de combustível necessário para sair do chão. A Martin Aircraft Company lançou recentemente sua Martin Jet Pack, uma variante moderna para uso ainda não definido. Capaz de levar uma única pessoa, movido a gasolina e óleo, tem um tempo de voo de cerca de 30 minutos, pode atingir velocidades de até 56 km (34 km) por hora, e alcança uma altura máxima de 914 metros. A empresa também está desenvolvendo um jet pack para uso privado destinado a usuários comuns.

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