O Segredo do Meu Marido
Sinopse:
Ela virou o envelope. Estava lacrado com um pedaço de
fita adesiva amarelada. Quando a carta tinha sido escrita? Parecia velha, como
se tivesse sido anos antes, mas não havia como saber ao certo. Imagine que seu
marido tenha lhe escrito uma carta que deve ser aberta apenas quando ele
morrer. Imagine também que essa carta revela seu pior e mais profundo segredo -
algo com o potencial de destruir não apenas a vida que vocês construíram
juntos, mas também a de outras pessoas. Imagine, então, que você encontra essa
carta enquanto seu marido ainda está bem vivo... Cecilia Fitzpatrick tem tudo.
É bem-sucedida no trabalho, um pilar da pequena comunidade em que vive, uma
esposa e mãe dedicada. Sua vida é tão organizada e imaculada quanto sua casa.
Mas uma carta vai mudar tudo, e não apenas para ela: Rachel e Tess mal conhecem
Cecilia - ou uma à outra -, mas também estão prestes a sentir as repercussões
do segredo do marido dela. Um romance emocionante, O Segredo do Meu Marido é um
livro que nos convida a refletir até onde conhecemos nossos companheiros - e,
em última instância, a nós mesmos. - Quinto livro de Liane Moriarty, O Segredo
do Meu Marido alcançou o primeiro lugar na lista de mais vendidos do The New
York Times apenas duas semanas após seu lançamento. - Considerado pelas
revistas People e Entertainment Weekly um dos 10 melhores livros de 2013, foi
eleito também o melhor livro do mês de agosto pela Amazon. - O Segredo do Meu
Marido já teve os direitos de publicação vendidos para mais de 20 países e os
direitos cinematográficos adquiridos pela CBS.
É sempre complicado para eu escrever sobre um drama. Eles
geralmente são de dificil leitura para quem é adepto de estilos com mais ação, com histórias cansativas que focam muito na
personalidade dos personagens e retrata situações mundanas, seguindo sempre uma cadencia tranquila na história.
Isso vale tanto para o cinema quanto para os livros. O segredo do meu marido,
como todo bom drama, faz com que você sinta vontade de pular algumas
páginas para que a trama passe mais depressa, pois a espera do desenrolar dos
fatos é angustiante. Acho que é por isso que não sou fã de novelas, fico
ansioso esperando as coisas acontecerem mas com certeza há quem goste.
A trama é simples, baseada em uma comunidade australiana
narra a história de 3 mulheres diferentes e suas respectivas famílias em
segundo plano. Cecília, a que considero a protagonista principal desse
livro, é uma típica dona de casa
residente em uma pequena comunidade. Cuida de tudo até mesmo da vida financeira
do marido e se orgulha muito disso. Todos a adoram e ela gosta de todos. Mas
sua vida vai mudar de forma repentina quando ela resolve abrir uma carta que
seu marido escreveu para ser aberta na ocasião de sua morte, só que ele se
encontra muito vivo quando ela abre a carta.
Rachel é uma senhora amarga que vive somente do ódio e da
dor que restaram após o assassinato de sua filha, com dezessete anos na época,
a muitos anos atrás. Ela nunca se recuperou, nunca superou o luto e isso a
consome dia e noite. Sua vida esta estranhamento ligada a de Cecília apesar de
ela ainda não saber disso.
Tess é uma incógnita. Ela não tem muito a ver com o
enredo da história. Sua jornada se passa em um ambiente diferente e quase sem
ligação com as outras duas protagonistas e não entendi muito bem se havia um
objetivo para a presença dela na história ou se apenas era pra dar corpo, mas
isso não é um problema, pois sua história é também bastante interessante e me
diverti mais com ela do que com as outras duas mulheres.
O livro é sensível ao comportamento humano, descreve
situações corriqueiras que muitas pessoas não gostam de admitir que existem e
vai fundo no turbilhão de emoções que existe em cada individuo. A trama é bem
feita, envolvente na maior parte do tempo e convence no final. Aliás, como todo
drama bem escrito o final emociona, surpreende e te deixa meio abalado por
alguns minutos pela sua crueza e exposição fria da vida deixando claro que ali
não são somente personagens. Poderia ser com seus vizinhos, poderia ser com
você.
O que mais gostei do livro foi o final. Pensava que ia
acontecer uma coisa, mas passou bem longe do que eu previa. Fui surpreendido de
uma forma bem agradável e me emocionei várias vezes nas últimas páginas do
livro em diferentes passagens. A autora soube construir seus personagens com
sabedoria deixando-os bem reais, o que deu consistência a trama toda.
O que não gostei, acredito eu, não é um defeito do livro.
Não gosto muito de dramas (acho que deu pra perceber né) pois não gosto da
demora no desenrolar dos fatos. Sei que é um estilo muito apreciado, mas eu não
sou fã e acabo ficando um pouco frustrado no decorrer da leitura. Tirando isso
o livro é muito bom e se não fosse minha resistência a esse estilo literário
acho que não teria nada a dizer contra, apenas aplaudir.
Trechinhos:
“Ela pegou o pedaço de pedra (cimento?) e o segurou na
palma da mão. Era ainda menor do que se lembrava. Nãom parecia especialmente
impressionante, mas ela esperava que bastasse para que fosse recompensada com
um dos raros e tortos sorrisinhos de Esther. Requeria um grande esforço
arrancar um sorriso dela.”
“Será que John – Paul tinha visto alguma coisa na TV
sobre como os soldados na Afeganistão escreviam cartas para serem enviadas a
suas famílias caso eles morressem, como mensagens do túmulo, e pensar que seria
legal fazer algo parecido?”
“Ele se jogaria na frente da bala, construiria uma
jangada, as conduziria em segurança pelo inferno e, depois que tivesse
terminado, passaria o controle de volta para Cecilia, bateria nos bolsos e
perguntaria: ‘Alguém viu minha carteira?’”
“Sua prima passara o dia todo ligando para o celular dela
e deixara mensagens de voz e de texto que Tess não ouvira nem lera. Ela se
sentia estranha ignorando FElicity, como se estivesse obrigando a si mesma a
fazer algo que não era natural.”
“Ela não entendia droga nenhuma da vida exceto que era
arbitrária e cruel, e que algumas pessoas se safavam de um assassinato.
Enquanto outras cometiam um erro insignificante, um deslize, e pagavam um preço
terrível.”
“Seu último pensamento coerente foi: Ai merda.
Depois disso não houve mais pensamentos, apenas o pânico
inevitável e incontrolável.”
“Ela pensou: Ah, seu jovenzinho doce e inocente, você não
sabe nada sobre culpa. Não faz ideia do que os seus paroquianos são capazes. Acha
mesmo que algum de nós confessa mesmo nossos verdadeiros pecados para você?
Nossos pecados horríveis?”
Conclusão:
O livro é bom. Apesar de não ser fã desse estilo consegui
me divertir e me emocionar com a história. Se você é daqueles que curtem uma
novela e adora observar o dia a dia das pessoas comuns vai adorar esse livro. O
final com certeza valeu a pena!!!
Autor: Liane
Moriarty, Rachel Agavino
Livro: O Segredo do Meu Marido (The Hunsband’s Secret).
Editora: Intrínseca (Penguin)
Ano: 2013 (2014)
Páginas: 368
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