Koushum Takami
Battle Royale (Batoru Rowaiaru) foi publicado no Japão em Abril de 1999, tornando-se um dos mais vendidos e controversos romances do país.
A Globo Livros trouxe para o Brasil, com tradução direta do japonês, assinada por Jefferson José Teixeira, o livro Battle Royale aporta nas livrarias brasileiras na condição de um dos lançamentos mais aguardados de 2014.
Sinopse:
Num futuro não muito distante, os rebeldes, devido à recessão econômica na Grande República do Leste Asiático e seus danos sociais, obrigando o governo a aprovar uma lei conhecida como ATO BR, a lei consiste em sortear uma classe de estudantes para participar de um jogo onde a principal regra é matar uns aos outros até restar apenas um. O governo diz que o motivo do jogo é cumprir uma demanda social, mas a verdade ninguém sabe.
São escolhidos jovens entre 15 e 16 anos para serem levados ao local onde ocorrerá o jogo (uma ilha chamada Okishima e aparentemente baseada em um lugar real, uma ilha da prefeitura de Kagawa a sudoeste de Shodoshima).
Com o sucesso cinematográfico Jogos Vorazes, não faltaram leitores e espectadores do mundo todo acusando a norte-americana Suzanne Collins, autora do livro em que se baseou a produção de Hollywood, de ter plagiado a história de Koushun Takami.
Apesar de o ponto de partida ser exatamente o mesmo (jovens obrigados a se matar entre si como parte de um jogo ), a escritora alega que só veio a saber da existência da obra japonesa quando o primeiro Jogos Vorazes já estava no prelo. De sua parte, Takami, cordialmente, declarou que não pretende processar Collins, por acreditar que cada livro tem algo novo a oferecer. Independentemente disso, a questão tomou conta da internet, com milhares de páginas de fãs debatendo semelhanças e diferenças entre as obras.
Um ponto comum entre muitas das resenhas é o de que em Battle Royale o autor se aprofunda com mais vigor no desenho psicológico dos numerosos personagens (a turma de estudantes tem 42 pessoas), trazendo à tona informações sobre a história de cada um como forma de explicar seu comportamento e suas reações diante dos perigos do jogo pela sobrevivência. Na batalha de todos contra todos, há os que enlouquecem, os que se revoltam, os que extravasam os piores instintos, os que buscam se alienar e até os que assumem com prazer a missão de eliminar pessoas que horas antes eram colegas de classe. Nesse ambiente, o fio do suspense se mantém esticado o tempo todo: é possível confiar em alguém? Do que um ser humano é capaz quando toda forma de violência passa a ser incentivada?
Qual a diferença entre Battle Royale e Jogos Vorazes?
Acho que a grande diferença entre Battle Royale e Jogos Vorazes é o foco da crítica: em BR existe uma crítica mais profunda à condição humana, ele é mais próximo de distopias clássicas, como 1984 e Laranja Mecânica e inspira reflexões filosóficas. Tem ainda uma crítica implícita aos governos totalitários e à sociedade japonesa, extremamente competitiva e hierárquica, além do conceito de coletivismo mais forte. Acho que em BR a questão da violência não é gratuita, há sempre uma justificativa curiosa. A descrição do perfil psicológico dos personagens dá mais intensidade ao livro. Antes de matar os colegas de classe, a maioria deles entra em algum conflito ético. Já em JV a crítica é mais voltada para a sociedade do espetáculo e ali há mais romance.
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Confira o Book Trailer:
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